Cores, padrões, debruados, detalhes, acessórios, ponchos, chapéus, cintos, panos amarrados às costas, sandálias feitas de pneu reciclado. As roupas das mulheres quechua são um colírio para os olhos. E não há nada aqui de superficial ou fútil. Não é apenas uma questão de vaidade, é uma questão de cultura, expressão da identidade, tradição, apego às raízes, recusa à ocidentalização dos costumes, orgulho no passado, dignidade.
A moda como forma de luta contra a injustiça que todo um povo sofreu. Apesar de hoje em dia, por vezes e em certos locais, serem usados com intuito meramente “caça-turista”, os trajes das mulheres quechua são, na sua essência mais profunda, o “tipo de fato” que eu gostaria que a Mia “vestisse” vida fora.
Nota à parte para quem nos vai dizendo (com razão) que andamos a publicar pouco. Viajar e escrever em simultâneo sobre a viagem é difícil. Se muito – quase tudo – está por contar sobre os outros países onde estivemos, agora chegados ao Perú nem se fala. Todos os dias passamos por lugares e histórias que merecem ser partilhados mas os tempos da viagem e os da escrita nem sempre coincidem. Sinto que é preciso mais tempo para compreender o que vemos, reflectir, contextualizar, escrever e, só depois, partilhar. E essa é uma tarefa, creio, para os meses pós-viagem. Por isso, por enquanto, para quem nos quiser ir acompanhando as partilhas serão mais frequentes pelo instagram. Sempre que houver internet.
Pois tenho adorado as tuas crónicas de viagem, Joana. Escreves muito bem. Isto para nao falar do quanto aprecio ver as fotografias da minga amiguinha Mia. Que continuem a aproveitar o máximo. Beijo aoo tres. FATU
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Obrigada, Fatu. É bom saber e ler isso. Um beijinho especial da Mia
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O mais importante é viverem as experiências. Têm tempo para escreverm quando voltarem…
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É isso mesmo, Ana 🙂 Um beijo
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