Em Janeiro de 2017 fui voluntária no campo de refugiados Souda, na ilha grega de Chios. Parti numa tentativa de ser testemunha activa da maior crise de refugiados desde a 2ª Guerra Mundial e de uma tragédia humanitária que nos envergonha a todos. Em Chios, à beira do mar Egeu e a escassos quilómetros da costa da Turquia, vivem divididas em dois campos cerca de 2.000 crianças, mulheres e homens vindos da Síria, Iraque, Irão, Afeganistão, Nigéria, Argélia, Marrocos, Sahara Ocidental ou Congo. Este é o registo por escrito das suas vozes e das suas histórias.
“Alguma coisa do que sou e fui foi em viagem”, Zeca Afonso