Voltámos ao Japão, só aqui no blogue, para responder a algumas questões que nos foram chegando. Aqui ficam as nossas dicas para viajar no país do Sol nascente e algumas especiais para quem pensa ir com crianças.
Japão
Amizade selada a origami
Concentradas nos pedaços de papel que têm à frente, a cada dobra geométrica do papel que contrai há uma amizade que se expande entre duas meninas que, mesmo sem falarem o mesmo idioma, se entendem na linguagem universal da infância. A arte secular japonesa do origami é só o pretexto.
É preciso fazer um desenho?!
Fomos, em contra-relógio, ver o vulcão Sakurajima e, de volta à cidade, já só restavam 20 minutos para ir ao hotel buscar as malas e apanhar o barco para a ilha de Yakushima. Entrámos num táxi para ser mais rápido, o motorista não falava nada de inglês mas mostrando a morada escrita lá nos levou ao hotel. Primeira prova superada.
Um vulcão com mau-feitio
Depois da neve em Quioto seguimos para o clima bem mais ameno da ilha de Kyushu, no Sul do Japão, com paragem na cidade de Kagoshima, terra do grande Sakurajima, o vulcão em actividade. “Aquilo no cimo da montanha são nuvens?”.”Não, parece fumo mesmo!”.
À velocidade da imaginação
O comboio segue a alta velocidade deslizando pelos carris e levando-nos da ponta sul do Japão de volta a Tóquio. Os extensos 1.500 quilómetros são percorridos em apenas algumas horas. Lá dentro a Mia pega no meu telemóvel, começa a digitar uns números aleatórios e diz:
– “Vou ligar à Avó Graça!”.
A nossa casa japonesa
Viver numa machiya foi-nos apresentado como algo a fazer durante a nossa passagem pelo Japão. Em Quioto aproveitámos para conhecer estas casas de arquitectura tradicional japonesa onde viviam os comerciantes e artesãos nos tempos feudais.
Passeios em Quioto
Na Estação de Tóquio seguimos viagem no ultra-rápido shinkansen, o “comboio-bala”, com destino a Quioto e a promessa de, duas horas e meia depois, estarmos a entrar no “verdadeiro Japão”. A quase 300 quilómetros por hora afastámo-nos da adrenalina e dos estímulos visuais constantes da vibrante capital japonesa e “aterrámos” na tranquilidade zen dos templos e jardins de uma cidade histórica. Tal como nos tinham avisado, Quioto são “templos, templos, templos”, mais de mil, por isso, optámos por fazer uma lista reduzida de lugares a ir e aproveitar cada um da melhor maneira. Fica aqui a nossa selecção para os dois dias que passámos em Quioto.
Os homens (e mulheres) das máscaras cirúrgicas
Assim que no Aeroporto de Heathrow, em Londres, embarcámos no avião para Tóquio, lá estavam eles: japoneses a usar uma máscara que lhes tapa a boca e o nariz. Aquilo que pensámos de imediato foi: “Mas a máscara não é só por causa da poluição nas cidades?” Ou… “Será que são assim tão obsessivos a ponto de pensarem que as pessoas à volta são todas potenciais transmissoras de doenças?”
Afinal, dizem-nos que não é bem assim…
Mundo da Mia #2
Quando perguntamos à Mia o que ela mais gostou até agora em Tóquio a resposta é sempre a mesma: “O autocarro do gato!”. A história remonta a Luanda quando, ainda longe de saber que viríamos ao Japão, o Francisco apresentou-lhe uns desenhos animados japoneses chamados O Meu Vizinho Totoro do mestre de animação Myazaki Hayao. As aventuras das irmãs Mei e Tsazuki, do Totoro e do autocarro-gato rapidamente passaram a estar entre as preferidas da Mia, que após terminada a sessão de mais de uma hora de filme pediu: “Podemos ver outra vez?”.
Tóquio, o nosso top 5
A nossa primeira semana no Japão e chegada a Tóquio não foi das mais suaves. Eu, que me gabava de não sentir fortemente essa coisa do “jet lag”, fui abalroada pelos efeitos da “descompensação horária” causada pela mudança de fuso. Na verdade, fomos os três, e cada um no seu ritmo diferente… Só agora, uma semana depois, estamos a conseguir recuperar as rotinas do corpo e a repor a normalidade. No entanto, e como por vezes acordávamos às 2 ou 3 da manhã e saíamos para a rua aos primeiros raios de luz, começámos logo a explorar Tóquio. Eis o nosso top 5, até agora, desta cidade.